A família do aluno soldado do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, Rodrigo Claro, lembra que dois após a sua morte, não tem acesso ao laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Porém, a dor e a angústia pela morte do rapaz só aumentam devido à morosidade para a conclusão do caso que irá desvendar se houve ou não excesso por parte dos militares que promoviam o curso de salvamento aquático.
Além do inquérito Policial Militar instaurado pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também abriu investigação civil, porém, ambas aguardam pela emissão de um laudo do Instituto Médico Legal (IML), que não dispõe de um aparelho necessário para uma assinatura eletrônica.
Ainda não foi informada uma data para a entrega dos procedimentos investigativos.
Por Facebook, a mãe de Rodrigo, Jane Patrícia Claro, escreveu um desabafo falando sobre a dor da perda:
"15/01/2017 completam 2 meses que você voltou aos braços do Pai meu filho, 2 meses de luta, 2 meses de sofrimento, 2 meses de lágrimas, dor, angústia, vazio e vida que segue sem sentido. Pois nada mais tem o mesmo sentido sem sua presença, sem sua alegria, sem seu sorriso, sem seu abraço. 2 meses que a maldita atitude de uma pessoa que com ctz nunca soube o que é Amor de verdade tirou vc dos meus braços, que arrancou uma pedaço do meu coração. Espero em Deus que um dia ela possa ter um filho para assim conhecer o que é amor de verdade... E com isso ela vai sofrer cada instante que olhar para seu filho sabendo q tirou vc de mim. O Plantar é opcional, mas a colheita, essa é obrigatória. Minha Justiça vem de Deus. Deus não é vingativo , mas tenha ctz ele não passa mão na cabeça de ninguém, ele é justo. Saudades filho, coração doendo. Amor Alem da vida".
Alan Cosme/HiperNoticias
Mãe de Rodrigo, Jane Claro, postou seu desabafo e frisou que seu Deus é justo
Por telefone, Jane falou que a luta pela conclusão do inquérito da morte de seu filho será constante. "Ele já morreu, mas o motivo por sua morte virá à tona em breve. Não vamos descansar até a gente ver quem foi o culpado e o que aconteceu para levar meu filho do sonho de ser bombeiro até um buraco escuro de cemitério", disse a mãe.
O caso
O jovem Rodrigo Claro começou a passar mal durante o curso de salvamento em mergulho, no dia 10 de novembro.
Ele foi retirado do campo do curso e seguiu sozinho para o Batalhão, localizado no bairro Verdão, reclamando de fortes dores na cabeça. Primeiramente foi levado à policlínica.
Na unidade médica, não apresentou melhoras e precisou ser encaminhado para o hospital particular. Desde então, estava internado em coma induzido.
Ele morreu na noite de terça-feira (15) na UTI do Hospital Jardim Cuiabá.
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