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Cidades Quinta-feira, 12 de Julho de 2018, 17:58 - A | A

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Quinta-feira, 12 de Julho de 2018, 17h:58 - A | A

PLÁSTICA PARA TODOS

Anestesistas denunciam complicações em cirurgias; empresa alega “represália”

ANA FLÁVIA CORRÊA

A Sociedade Mato-grossense de Anestesia (Soma) denunciou mais dois casos de pacientes que sofreram complicações após realizarem cirurgias por meio do programa “Plástica para Todos”. Em maio deste ano, Edléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, morreu após ser operada no Hospital Militar de Cuiabá. 

 

hospital militar fachada.jpg

 

As denúncias foram feitas ao Ministério Público Estadual (MPE) e Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso (CRM-MT). Segundo o secretário da Soma, Felipe Audi Bernardino, as consequências dos procedimentos são catastróficas. 

 

“Nós alertamos as autoridades sobre esses três casos de complicações pós-operatórias em um serviço de intermediação de cirurgia plástica que tiveram consequências catastróficas. O que a gente fez foi alertar para o que está acontecendo”, explicou. 

 

Em nota, o presidente do Plástica para Todos, Bruno Borges Magella, alegou que a denúncia da Soma se trata de uma “represália”, já que a o programa teria contratado uma empresa de anestesistas que não agradou a Sociedade. 

 

“Atualmente o Programa Plástica para Todos Logrou êxito em contratar uma equipe de anestesistas local, o que não era da vontade da Sociedade, razão pela qual em evidente ato de represália, busca fazer uma associação dos casos para prejudicar os médicos, a empresa, o hospital, gerando por fim um devido temor na população”, afirmou Magella. 

 

O programa alega que uma das pacientes, identificada como N.R..D.C. realizou cirurgia plástica e teve “intercorrência inerente a qualquer tipo de cirurgia”. Ela foi encaminhada para a Santa Casa, onde está sendo acompanhada. Já a outra paciente, M.J.O.U., apresentou sangramento de vasos, que Magella caracteriza como “uma condição esperada para o tipo de cirurgia realizada. Ela foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Matheus. 

 

Óbito

 

Edléia Daniele Ferreira Lira realizou a cirurgia de redução de seios e lipoescultura no Hospital Militar que não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em maio deste ano. No entanto, a mulher começou a passar mal cerca de três horas após o procedimento e, logo depois, foi encaminhada ao Hospital Sotrauma, também na Capital. Diante disso, Daniele foi transferida depois de ter sido medicada. Ela falceu após diversas paradas cardíacas e paralisia cerebral. 

 

Confira as notas na íntegra 

 

Sociedade Mato-grossense de Anestesia

 

A SOMA – Sociedade Mato-grossense de Anestesia, se viu obrigada a alertar às autoridades e a população do nosso Estado sobre os fatos que vêm ocorrendo no programa denominado “Plástica para Todos”, realizado no Hospital Militar em Cuiabá/MT.

 

Até o momento recebemos informação que, além do terrível e triste óbito já noticiado amplamente, houve mais duas graves complicações em pacientes previamente saudáveis. 

 

Estamos colaborando tecnicamente com o Ministério Público e demais órgãos competentes para que todos os fatos sejam elucidados e os responsáveis devidamente punidos.

 

Nota à  Imprensa:

 

Sobre a nota divulgada pela SOMA - Sociedade Matogrossense de Anestesiologia, trata-se de uma infeliz tentativa de associação dos casos entre si, pois a exemplo do que tentou fazer a SBCP, mascara a Sociedade, seu real interesse na reserva de mercado. Atualmente o Programa Plástica Pra Todos logrou êxito em contratar uma equipe de anestesistas local, o que não era da vontade da Sociedade, razão pela qual em evidente ato de represália, busca fazer uma associação dos casos para prejudicar os médicos, a empresa, o hospital, gerando por fim um indevido temor na população.

 

Esclarecemos que a paciente NRDC, realizou cirurgia plástica, tendo intercorrência inerente a qualquer tipo de cirurgia, sendo encaminhada e acompanhada pela equipe médica do Programa e do Hospital Militar para melhor acompanhamento no Hospital Santa Casa, de onde já evoluiu para alta domiciliar.

 

Sobre a Paciente MJOU, a mesma teve sangramento de vasos, o que é uma condição esperada para o tipo de cirurgia realizada, foi pessoalmente ao Pronto Atendimento do Hospital São Mateus, onde vem sendo acompanhada pela equipe médica daquela unidade e médicos do Programa, foi encaminhada para a UTI apenas para melhor acompanhamento e critérios de segurança, inexistindo qualquer risco de vida, e já estando com previsão de alta também.  

 

Ainda sobre o caso da EDFL (óbito): nosso advogado Dr. Alex Cardoso informou que foi protocolado nesta data junto à DHPP um pedido complementar de quesitos ao perito do IML, eis que a hemorragia atestada como causa mortis da paciente, esta absolutamente descartada pela análise do próprio laudo e dos prontuários dos Hospitais Militar e Sotrauma, e mesmo que tivesse ocorrido não significaria dizer que houve imprudência, negligência ou imperícia médica, porém o perito não realizou exames básicos para afastar outras causas, os exames de imagens realizados no Sotrauma descartavam a hemorragia, não houve transfusão de sangue em 48hs de internação da paciente no Sotrauma e os indicadores de sangue perdido, sequer são compatíveis com a literatura e a legislação aplicável. O pedido foi encaminhado hoje à delegada responsável, a título de colaboração espontânea do Dr. Eduardo Montoro, que sequer foi intimado para prestar qualquer depoimento, já tendo se colocado à disposição da autoridade em ocasiões anteriores.

 

Bruno Borges Magella - Presidente Plastica Pra Todos

 

Belo Horizonte, 12 de julho de 2018

 

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