Amigos e familiares da estudante do 7º semestre de direito Dineia Batista Rosa de 35 anos, que foi assassinada de forma brutal pelo ex-namorado, Welington Fabrício de Amorim Couto de 34 anos, no último sábado (20), organizam um protesto nesta semana para pedir Justiça e manutenção da prisão do suspeito que já foi condenado por uma vez por crime de homicídio.
Divulgação
A manifestação está prevista para acontecer na próxima quarta-feira (24). De acordo com os organizadores, o manifesto terá concentração às 8h, na porta da Faculdade Cândido Rondon, na Avenida Miguel Sutil. De lá, o grupo seguirá em caminhada até a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), instalada na Avenida Tenente Coronel Duarte, a Prainha.
O crime
Dinéia foi morta na casa da sua mãe e na frente do próprio filho, de oito anos. A criança foi quem acionou os vizinhos após o crime e a fuga de Welington.
A vítima havia registrado um boletim de ocorrência contra ele, por agressão. Os dois tiveram um relacionamento que durou cerca de dois anos e foi marcado por brigas. O romance, no entanto, tinha acabado há pouco tempo. E o boletim de ocorrência resultou em um mandado de prisão contra Welington.
O crime ocorreu na manhã de sábado e já no final da tarde o suspeito havia sido encontrado e preso pela Polícia. Em depoimento, Welington confessou ter agido violentamente para se vingar. Ela foi esganada, estrangulada com um pedaço de fio, golpes na face e, por fim, uma tijolada na cabeça. O assassinato ocorreu no bairro Serra Dourada, na Capital.
Conforme a delegada, os peritos concluíram que a morte foi causada por traumatismo craniano e asfixia. O corpo de Dinéia foi encontrado no banheiro da casa bastante machucado e com sinais de estrangulamento. Ela apresentava um corte profundo no supercílio, que teria sido causado por uma tijolada.
Condenação
O suspeito já foi condenado por um crime de feminicídio, que aconteceu em 2008, quando assassinou sua ex-companheira, também por estrangulamento. Na época, ele confessou o crime. No entanto, seu advogado alegou que o mesmo sofria de transtorno de personalidade. Assim, o assassinato não teria sido um ato premeditado ou voluntário.
O acusado ainda teve um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara de Violência Doméstica de Cuiabá no dia 31 de março deste ano, mas, de acordo com o sistema do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), foi colocado em liberdade após passar por audiência admonitória, presidida pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Geraldo Fidélis, no dia 25 de abril.
Na audiência, além de ganhar o direito de viver em regime aberto domiciliar, Welington ainda conquistou o direito de transitar sem o uso da tornozeleira eletrônica.
Reprodução
Outro caso
Há pouco mais de dois meses a estudante também de Direito Ivone Oliveira Gomes, 24 anos, foi assassinado pelo namorado Luiz Otávio da Silva. O suspeito e a vítima estudavam na mesma sala em uma faculdade particular da Avenida Beira Rio, em Cuiabá.
Em depoimento a delegada responsável pelo caso, Juliana Chiquito Palhares, o assassino utilizou uma faca e atacou apenas o pescoço e o rosto da jovem. Inclusive, uma das facadas atingiu o olho esquerdo de Ivone, que foi encontrada morta por uma amiga, em cima da cama.
O crime ocorreu por volta das 22h30 do dia 15 de março em uma quitinete instalada na Rua Seis do bairro Osmar Cabral, em Cuiabá. Luiz era o responsável por pagar o aluguel da quitinete e ainda ajudá-la com a faculdade. Em Cuiabá Ivone era sozinha. Toda família dela vive no estado do Pará.
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