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Cidades Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2016, 14:10 - A | A

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Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2016, 14h:10 - A | A

MAUS TRATOS

Agulhas não foram retiradas do corpo de bebê devido aos riscos de lesão

JESSICA BACHEGA

A menina de três meses internada na Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis foi submetida a uma cirurgia na sexta-feira (16) para a retirada das agulhas que estão alojadas no seu crânio há mais de uma semana. Porém, a equipe médica desistiu de continuar com o procedimento devido aos riscos de sangramento. As informações constam no boletim médico divulgado no fim da manhã desta segunda-feira (19).

 

Reprodução

Agulha no cranio

Imagem mostra agulhas na cabeça da criança

De acordo com o boletim, na sexta a bebê foi submetida a operação para drenagem do hematoma causada pelo corpo estranho no crânio e para a tentativa de retirada das agulhas, mas “sem sucesso devido ao risco de sangramento e lesão cerebral muito grande”, diz trecho do boletim.

 

A menina está internada na Unidade de Terapia Intensida (UTI) pediátrica do hospital há seis dias. Seu quadro é grave, porém estável. Ela respira sem ajuda de aparelhos, sob rigorosa observação.

 

A menina foi internada no hospital apresentando braços e pernas roxos e no exame de raio X foi constatada a presença de três agulhas de costura implantadas em seu corpo. Duas delas no crânio e uma no abdômen. Havia ainda uma quarta agulha que foi retirada em outro hospital.

 

A menina morava com os pais na cidade de São Pedro da Cipa, situada entre Rondonópolis e Jaciara. A polícia trabalha com a suspeita de que as agulhas no corpo da criança faça parte de um ritual religioso conduzido por Iraci Queiroz dos Santos, 42 anos, conhecida como “Baiana”, que esta presa. 

 

Segundo informações da Polícia Civil, o pai da neném Wellinton de Jesus Costa, 28, eria recebido R$ 250 para ceder a criança para o ritual. Ele foi preso e a mãe da menina, menor de idade, foi detida. Um casal acusado de participar do crime também está preso.

a ação.

 

A polícia de Jaciara, que investiga o caso, também apura se o outro filho do casal, um menino de 2 anos, tenha sofrido maus tratos.

 

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