Em cinco anos, os acidentes que envolveram motociclistas nas principais ruas e avenidas de Cuiabá diminuíram em 76%. Esses dados são da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), que comparou os dados registrados em 2016 com relação ao ano de 2012.
Hugo Dias/HiperNotícias
Motociclista andando na Avenida do CPANo ano passado, foram contabilizados 1.056 acidentes. Já em 2012, os números chegaram aos 4.431 casos. Apesar da queda nos números, a moto ainda é o veículo que mais se envolve em colisão na capital.
De acordo com a supervisora da Educação para o Trânsito, Luciana Melo, as investigações da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) sempre apontam que essas ocorrências são inevitáveis por causa da velocidade, falta da Carteira Nacional de Habilitação (CHN) e ainda a imprudência total dos motociclistas que acabam desrespeitando por completo as regras de trânsito.
“Muitos morrem por furar o sinal e até mesmo pela alta velocidade. Aliás, mais por andar em alta velocidade. Sabemos todos, tanto quem tem CNH quanto quem não tem, que são proibidas esses excessos de velocidade. Correr demais, além do motociclista estar em perigo ele também coloca a vida de outras pessoas em risco”, disse Luciana Melo.
Em segundo lugar, na classificação de atendimento que envolveu acidentes por tipo de veículos, aparecem os automóveis. Em 2012, a Semob registrou 1.259 casos, seguidos de 1.023 (2013), 1.543 (2014), 980 (2015) e 462 (2016). Todos com carros.
Já em terceiro lugar vêm os atropelamentos. Esses números abrangem acidentes com pedestres ou motociclistas, que por algum motivo acabaram caindo e foram atingidos. Segundo a Prefeitura de Cuiabá, em 2012 foram registrados 556 casos, seguidos por 367 em 2013, 326 em 2014, 265 em 2015 e 133 anos passado.
Alan Cosme/HiperNoticias
Inauguração da faixa na Avenida Mato GrossoAinda conforme a coordenadora de Educação para o Trânsito, para evitar que esses números cresçam, a Semob trabalhou no mês passado a campanha ‘Maio Amarelo’, que levaram ações intensivas de orientações nas faixas de pedestres, palestras educativas sociais e panfletagens.
“Não está no Código Nacional de Trânsito, mas funciona como uma preventiva. Quando o pedestre for atravessar ele pode erguer a mão como um sinal de que deseja passar. Assim é mais fácil do motorista identificar que tem alguém querendo atravessar a pista”, detalhou.
Na manhã de quarta-feira (31), uma faixa de revitalização na Avenida Mato Grosso, em frente à Escola Estadual Presidente Médici, foi reinaugurada.
Outras revitalizações como essas também estão previstas. Os pontos escolhidos são próximos de empresas e escolas, o que na verdade acaba tendo uma maior movimentação de pessoas.
Maio Amarelo
O Movimento ‘Maio Amarelo’ nasceu com a proposta de chamar atenção da sociedade para os números alarmantes de mortes e feridos no trânsito.
A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para discutir o tema e propagar o conhecimento que a questão do trânsito exige.
Alan Cosme/HiperNoticias
Maio Amarelo nasceu com a proposta de chamar atenção da sociedade para o índice de mortes
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