O horário brasileiro de verão, que terminou no último domingo (19), reduziu 4,29% na demanda por energia em Mato Grosso. Além do estado, as regiões Sul, Sudeste e Distrito Federal também aderiram à mudança que duraram 126 dias.
De acordo com os dados da Energisa Mato Grosso, a redução na energia elétrica foi no horário de ponta (das 18h às 21h), de todos os moradores do Estado. O resultado está dentro da meta do Operador Nacional do Sistema (ONS), que considera ideal uma redução entre 4% e 5%.
Nos 126 dias de horário de verão, o consumo também apresentou redução dentro do esperado. Dados da Energisa estimam que os clientes residenciais reduziram o consumo neste período em aproximadamente 11.622 MWh, que equivale a uma economia de 0,36%. Este total seria suficiente para atender, em média, as residências de um município no porte de Chapada dos Guimarães por 11 meses ou Primavera do Leste por quase três meses.
O coordenador de operação do sistema, Ricardo Rubira, explicou que a economia é possível porque no verão os dias demoram mais para anoitecer e, com isso, as pessoas podem aproveitar melhor a utilização da luminosidade natural.
"É no horário de ponta que as famílias estão chegando em casa após o dia de trabalho ou escola, ligando os equipamentos eletrônicos, acendendo as luzes e ligando os chuveiros elétricos. O horário de verão torna possível que as pessoas aproveitem esse espaço de tempo para outras atividades ao ar livre e também evita a necessidade de acender as luzes", comentou.
A mudança começou no dia 16 de outubro do ano passado. A alteração foi para reduzir o consumo de energia elétrica durante o horário de pico (18h às 21h).
A variação em adiantar o relógio em uma hora é uma determinação do Governo Federal para melhorar a confiabilidade e a segurança operacional do sistema elétrico nacional.
Na avaliação do Governo, o ajuste é uma forma de aproveitar os dias mais longos, com cerca de uma hora e meia a mais de luz solar, permitindo que a iluminação pública seja acionada mais tarde que o normal. Isso ajuda a aliviar a carga dos sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica durante os horários de pico.
Para Mato Grosso, a previsão de redução está na faixa de 0,90%. Esse percentual equivale a 29,2 gigawatts-hora (GWh), suficientes para abastecer um município do tamanho de Chapada dos Guimarães por onze meses, Poconé por quatro meses ou Lucas do Rio Verde por dois meses.
Curiosidades
O horário de verão foi inventado por Benjamin Franklin, em 1784, cujo intuito era alterar o horário para economizar as velas que eram utilizadas na iluminação das ruas, avenidas e residências. No entanto, foi na 1ª Guerra Mundial (1914-1918) que esse horário se tornou definitivo, tanto na Alemanha quanto na Inglaterra, e a partir de então o costume se difundiu pelo mundo.
No caso do Brasil, o relógio é adiantado em uma hora, mas existem países que adiantam duas horas e outros diminuem o horário. Tudo depende do que for mais conveniente para a região. Mas, nos dois casos, a mudança serve para fazer com que 'demore mais' para anoitecer e as pessoas gastem menos energia elétrica e, assim, possam aproveitar mais a luz do sol para fazer caminhada, jogar bola entre outras atividades.
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