A recém nascida indígena enterrada viva continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá em estado grave. A menina foi resgatada por policiais militares, de Canarana, depois de denúncia anônima de que a bebê estaria enterrada no quintal da casa onde a família vive.
Reprodução
De acordo com o último boletim médico, emitido no início da tarde desta terça-feira (19), o quadro clínico a menina é grave, porém estável e os profissionais de saúde tentam, aos poucos, retirar a ventilação mecânica para que a bebê respire sozinha.
“Está reagindo bem ao tratamento. Iniciou o processo de desmame da sedação e do respirador para poder extubar e assim respirar sem ajuda dos aparelhos. Continua com insuficiência renal aguda e fazendo diálise peritoneal”, diz trecho do boletim.
A bebê veio transferida do Hospital de Água Boa para a Capital, na noite de quarta-feira (6), devido a necessidade de internação em UTI neonatal. Ela apresentava quadro de infecção generalizada e sofreu anóxia - falta de oxigênio no sangue que pode resultar em sequelas irreversíveis devido ao tempo enterrada.
Ela foi resgatada por policiais militares e civis, na noite de terça-feira (5). Vizinhos chamaram as autoridades denunciando que uma criança estaria enterrada no quintal da residência de uma família indígena.
Os policias passaram a cavar e ouviram o choro da menina, que foi retirada do solo e levada para atendimento médico no hospital da cidade.
Em investigação foi constatado que a menina foi enterrada pela bisavó, pois a mãe era adolescente e o pai estaria com outra mulher.. A prática é tradição entre a tribo, quando uma criança é filha de mãe solteira. Ela já tem uma mãe adotiva e o Conselho Tutelar, assim como Ministério Público Estadual (MPE) acompanham o caso.
Confira nota
Boletim Médico
UTI Neo-Natal
A recém nascida indígena ainda encontra-se em estado grave, porém estável. Está reagindo bem ao tratamento.Iniciou o processo de desmame da sedação e do respirador para poder extubar e assim respirar sem ajuda dos aparelhos. Continua com insuficiência renal aguda e fazendo diálise peritonial.
Da Assessoria
Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá
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