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Brasil Sábado, 15 de Abril de 2017, 11:12 - A | A

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Sábado, 15 de Abril de 2017, 11h:12 - A | A

Tecnologia 'blockchain' promete revolucionar armazenagem de dados

FOLHA DE SP

Uma nova tecnologia chamada blockchain promete revolucionar a armazenagem de dados digitais, com mais segurança e transparência. Esse sistema rompe o padrão usado atualmente por bancos de dados, inclusive os usados por instituições financeiras, para armazenar informações de seus clientes.

 

Hoje, os servidores são centralizados, mantidos e controlados pelo seu dono. Se alguém transfere dinheiro pela internet, o banco A precisa verificar em seus registros se há fundos disponíveis para informar o banco B. Se há erro no processo, o segundo acaba prejudicado.

 

Com o blockchain, em vez de concentrar tudo num lugar só, os bancos de dados são espalhados por uma rede com várias máquinas conectadas, em diversos locais, cada uma com uma cópia do conteúdo. Tudo gerenciado de forma compartilhada.

 

Os dados são armazenados em blocos de informação criptografada, que se conectam como uma corrente –daí o nome "cadeia de blocos", em inglês. Com tudo interligado, é impossível excluir uma informação depois que ela foi inserida no sistema.

 

"A questão é que usar um banco de dados convencional facilita fraude. A partir do momento em que a estrutura está distribuída, [fraudar o conteúdo] é praticamente impossível", diz Paschoal Baptista, sócio da consultoria Deloitte.

 

Isso porque, para que alguma alteração aconteça, o blockchain tem que entrar em consenso. As várias máquinas que guardam a informação precisam concordar que aquele processo é válido.

 

Se um computador for hackeado, os outros conectados à rede perceberão a fraude e poderão corrigir o problema.

 

No caso da transação bancária, em vez de só o banco A checar os fundos, toda a rede o faria –e o banco B teria acesso a essa rede.

 

A segurança da tecnologia, no entanto, não é perfeita. "Não há nada 100% seguro", diz Rafael Sarres de Almeida, professor do Universitário de Brasília e analista de TI do BC.

 

Almeida diz que é importante manter os protocolos de funcionamento do blockchain atualizados. "Hoje está seguro. Há como manter assim agindo ativamente no caso de qualquer falha, mas, se não tomar nenhuma atitude alterando as regras de criptografia, no futuro você pode ter um problema grave."

 

Na prática

O blockchain já é usado em alguns processos. Ele surgiu em 2008 como a infraestrutura responsável pela moeda virtual bitcoin. Seu uso ampliado, porém, é algo novo e está em fase de estudos, por isso ainda não há muitas aplicações concretas disponíveis.

 

Um dos usos práticos são os contratos virtuais inteligentes, que fazem com que ações aconteçam automaticamente segundo parâmetros determinados entre as partes. Por exemplo, fazer o pagamento de uma multa caso um termo não seja cumprido.

 

Outro caso é o da empresa britânica Everledger, que usa a tecnologia para rastrear diamantes desde a produção até o consumidor final para garantir são verdadeiros.

 

Como a internet em 94

"O blockchain é muito similar à internet em 1994. Muitas pessoas falam sobre seu potencial, mas poucos sabem aproveitá-lo", resume Brian Behlendorf, diretor-executivo do Hyperledger, projeto colaborativo mantido pela Linux Foundation –que tem apoio de gigantes como Intel e IBM–, que visa o desenvolvimento desse sistema. "A sensação é de uma revolução."

 

Segundo especialistas, as implementações vão desde sistemas para evitar fraudes em bancos a postes inteligentes que alertam a polícia ao ouvir barulhos de tiros e mecanismos para ajudar a controlar a qualidade da carne.

 

Tal Eisner, diretor de produtos da empresa israelense de cibersegurança ThetaRay, diz que o mercado ainda não compreendeu a tecnologia. "Essas conexões de certa forma invisíveis são ainda um problema, pois atraem hackers e ameaças", afirma.

 

Relatório da consultoria Greenwich Associates aponta que um dos grandes desafios será estabelecer o mecanismo de consenso do blockchain que chancela e registra as operações em cada rede.

 

Para Jonatas Leandro, da IBM Brasil, o sistema passará por três fases até se consolidar: pesquisa, aprendizado e experimentação; exploração pontual, que já começou; e uniformização.

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