Apesar do reconhecimento por parte da vítima, documentos divulgados pela Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, no bairro da Saúde, zona sul da capital, mostram que Clayton estava na instituição, dando aulas, no momento em que o crime aconteceu. Ou seja, o homem estaria a cerca de 200 quilômetros de Iguape, o que impossibilitaria seu envolvimento com a ocorrência policial.
"Impossível ele ter praticado este crime porque nesta data e horário estava trabalhando na escola em que ele possui vínculo. É impossível uma pessoa estar em dois lugares ao mesmo tempo", disse o advogado Danilo Reis, responsável pela defesa do professor.
O homem foi preso e passou por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira, 17. A prisão foi mantida já que, segundo a defesa, o juiz responsável pela sessão não tinha legitimidade para revogar o mandado de prisão.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a prisão foi efetuada dentro da regularidade após reunidas provas sobre o caso. "O homem foi preso na manhã da terça-feira após mandado policial, e a Justiça confirmou a prisão na audiência de custódia. Qualquer denúncia de irregularidade pode ser notificada à Corregedoria da Polícia Civil", disse o comunicado.
Reis lamentou o ocorrido e disse que um pedido de habeas corpus já foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de São Paulo. "Mais um jovem de classe baixa, negro, que, na gana da vítima em identificar ou responsabilizar alguém pelo prejuízo sofrido, o reconheceu em função dessas características".
(Com Agência Estado)
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