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Brasil Sexta-feira, 14 de Julho de 2017, 08:29 - A | A

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Sexta-feira, 14 de Julho de 2017, 08h:29 - A | A

MÃES PELA DIVERSIDADE

'Precisamos sair do armário junto com nossos filhos', diz coordenadora em MG

G1

Que bom que hoje a gente pode fazer este grupo, que bom que a gente pode falar, que a gente pode escutar as histórias, que bom que a gente pode se unir nesse amor”, disse Vera Maria Leroy, mãe de um rapaz e de uma moça, ambos homossexuais, durante a primeira reunião do grupo “Mães Pela Diversidade”, em Belo Horizonte.

 

Reprodução

LGBT

 

A iniciativa, que começou em São Paulo, propõe que as famílias troquem experiências, se apoiem e combatam juntas a intolerância e o preconceito.

 

“A homofobia começa dentro da casa do gay, do trans, da lésbica, da travesti. Nós precisamos 'sair do armário' junto com os nossos filhos”, disse a coordenadora do grupo em Minas Gerais, Myriam Salum, que tem um filho homossexual.

 

Glaucinéia Aparecida de Oliveira é uma das mães que decidiu apoiar o filho, um homem trans, desde sempre. “Ele sofreu muito quando começou a se descobrir. Tentou se matar. Foi muito difícil. Mas eu e o pai sempre estivemos ao lado dele. Tenho tanto orgulho dele. Ele começou o tratamento hormonal e chegou a viajar para a Venezuela para tirar as mamas e o útero. É uma pessoa maravilhosa. Hoje ele é feliz. Hoje eu sou feliz também”, contou.

 

Cássia Cristina da Silva tem um filho homossexual e acolheu uma mulher trans. Eles são motivos de orgulho e também de preocupação para ela. “O amor da gente é tão grande que a gente chega a perder o controle. O amor é aumentado até pela preocupação. Eu tenho medo da violência. Nossos filhos estão morrendo”, disse.

 

De acordo com o Grupo Gay da Bahia (CGB), 343 pessoas do público LGBT foram mortas no Brasil em 2016. Neste ano, de acordo com a Rede Trans Brasil, 93 travestis e transexuais foram assassinadas no país.

 

“Falta de amor mata”, disse Myriam. Segundo ela, o “Mães Pela Diversidade” pretende se tornar em Minas Gerais um movimento de sustentação para a luta dos direitos do público LGBT. “A gente é figurante porque, na verdade, a estrela é a comunidade que está sofrendo”, falou. A ideia é também acolher pais e mães que estão confusos com a orientação sexual dos filhos.

 

“Nós queremos mostrar que gays, lésbicas, travestis e transexuais têm família sim. Nós queremos que a mãe e o pai que rejeitam seus filhos nos procurem, desabafem. Nós temos que nos unir para ajudar os nossos filhos. Porque o que uma mãe e um pai querem é que eles sejam felizes e que sejam respeitados do jeito que eles são”, disse Myriam.

 

O “Mães Pela Diversidade” estará presente na 20ª Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte neste domingo (16) cujo tema deste ano é “Famílias e Direitos: nossa existência é singular, nossa resistência é plural”. A concentração começa às 11h na Praça do Estação, no centro de Belo Horizonte.

 

“Nossos filhos não estão sozinhos. Nunca estarão”, disse Vera Maria Leroy.

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