New York Times, BBC, Xinhua e outros veículos deram espaço à tragédia, focando principalmente no elevado número de mortos, com atualizações constantes. No jornal espanhol El País, uma frase dita em entrevista por uma das vítimas ao jornal ganhou o título da matéria sobre o tema: "Anos de trabalho perdidos em poucas horas".
A Bloomberg destacou que as inundações são as maiores do Brasil em 80 anos, assim como a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Rio Grande do Sul. Sobre os impactos econômicos, a agência apontou as declarações do governador Eduardo Leite, que comparou os esforços que terão de ocorrer na reconstrução da infraestrutura do Estado com os realizados na Europa após a Segunda Guerra Mundial. Na Reuters, a alusão a um "Plano Marshall" também foi destacada, enquanto declarações de especialistas culpando as mudanças climáticas ganharam bastante espaço.
No jornal britânico Guardian, o tema apareceu no monitor meteorológico da publicação, que culpou as mudanças climáticas pela tragédia, mas, em análise, lembrou dos efeitos do fenômeno El Niño neste ano. O artigo lembra que esta região da América do Sul é frequentemente afetada por desastres climáticos, no entanto, lembra que esta foi uma ocasião "particularmente devastadora", na qual: "os especialistas atribuem o aumento das chuvas à combinação do aquecimento global e ao recente fenômeno El Niño, quando as águas no leste do Oceano Pacífico se tornam mais quentes".
O El Niño também foi lembrado pela agência francesa AFP, que chamou a combinação do fenômeno e as mudanças climáticas de "coquetel catastrófico". Em entrevista, o climatologista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Francisco Eliseu Aquino afirmou: "Investir na prevenção é uma obrigação da sociedade. A intensificação das alterações climáticas exige medidas de quem toma as decisões. Devemos investir na transição energética, mas também em sistemas de alerta eficazes. É o nosso maior desafio, a nossa grande prioridade".
Na descrição dos eventos, a Euronews questionou em seu título se as mudanças climáticas deveriam ser apontadas como culpadas, o que foi confirmado. O artigo traz declarações de Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, que afirmou: "Essas tragédias continuarão acontecendo, cada vez piores e mais frequentes". O Brasil precisa se ajustar aos efeitos das mudanças climáticas, acrescentou ela.
(Com Agência Estado)
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