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Brasil Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2016, 08:13 - A | A

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Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2016, 08h:13 - A | A

Fotógrafo diz ter sido vítima de racismo por motorista do Uber

G1

Uma corrida de poucos minutos com um motorista do Uber se tornou um constrangimento para um fotógrafo de 22 anos, que afirma ter sido vítima de rascismo. Vinícius Ferreira é de Sorocaba (SP), mas voltava de uma festa na rua da Consolação, na Capital no último domingo (11) quando percebeu um comportamento diferente do condutor do veículo - que, assim como ele, também é negro. 

 

Arquivo Pessoal

Fotógrafo

 

Ferreira conta que viajou a São Paulo para participar de uma feira no dia anterior e retornou a Sorocaba ainda no domingo. Em entrevista ao G1, o fotógrafo diz que o motorista percorreu cerca de 50 metros em alta velocidade e parou atrás de uma viatura da Polícia Militar, dizendo à equipe que o achou suspeito. A corrida teria durado cerca de dois minutos. Em nota, a Uber afirma que esse tipo de comportamento não é tolerado e ressalta que os motoristas são autônomos e utilizam a plataforma para obter benefícios individualizados. 

 

"Na hora eu gelei, não entendi o que estava acontecendo e comecei a questionar o motorista, mas imediatamente um dos policiais mandou eu sair do carro e começou a me revistar. Perguntaram o que eu estava fazendo, onde comprei meu celular e de onde eu era", afirm Vinícius. Depois de o motorista ir embora, o fotógrafo foi liberado pelos policiais e orientado a seguir a viagem a pé, pois estava perto do destino.

 

"Eu justamente chamei o Uber porque não queria ficar andando sem saber direito como chegar ao endereço, apesar de conhecer alguns pontos, não consegui abrir o mapa no celular", explica o fotógrafo, que nunca havia tido problema ao usar o serviço. Após conversar com a família e relatar o ocorrido na internet, o jovem voltou a São Paulo nesta quarta-feira (14) para registrar um boletim de ocorrência. Os advogados do jovem também acionaram a Delagacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

 

Denúncia na web

Ferreira afirma que desde criança sofre discriminação mas, desta vez, ficou supreso com a atitude do motorista. O jovem postou um vídeo na internet explicando que vai seguir com a denúncia e, depois do susto, chegou a refletir se tinha tomado alguma atitude que pudesse assustar o motorista do Uber. "Recapitulei a história. Eu estava com uma pochete de lado, não mexi nela em nenhum momento, estava bem vestido. Sei que hoje em dia está perigoso para os motoristas."

 

O jovem afirma que recebeu uma ligação da Uber depois de relatar o episódio na internet. Uma funcionária se desculpou, disse que o motorista será banido do aplicativo e forneceu um bônus de R$ 20 para o fotógrafo voltar a usar o serviço. "Não pretendo usar tão cedo e, ao invés do desconto, disse a ela que preferia que ficasse no pedido de desculpas", finaliza Ferreira.

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