"Política de preços no Brasil é uma fraude. A política do Pedro Parente e do Michel Temer é uma fraude que basicamente fez uma Nação inteira refém, uma economia inteira refém para beneficiar meia dúzia de acionistas minoritários", comentou Ciro, após participar de um almoço com empresários do Instituto Desenvolvimento para o Varejo (IDV), na capital paulista.
Para Ciro, o uso das Forças Armadas, anunciado pelo governo, mostra que está "tudo errado" na condução da crise. Ele acrescentou que a "predisposição do povo ao autoritarismo" agrava a situação. "Para a economia, o efeito ainda é irrelevante. O problema é o transtorno na vida do povo e a predisposição da população brasileira ao autoritarismo."
Criticando o acordo anunciado na véspera pelo governo, de ressarcir a Petrobras pelo congelamento no preço do diesel, Ciro afirmou que a melhor negociação seria demitir Parente e mudar a política da estatal. "Diante da greve, a única coisa que tem que fazer é negociar. Agora, negociar significa demitir o Pedro Parente e fazer a política de preço séria." O presidente da Petrobras não deveria nem ter sido chamado, assim como Temer não deveria estar no governo, destacou.
"O acordo que o governo fez aperfeiçoa essa fraude na medida em que espera nas costas do povo, pela renúncia fiscal absolutamente incabível numa hora difícil como essa, uma solução que não resolve nada", atacou.
O pedetista propõe que os preços dos combustíveis sejam determinados com base nos custos da Petrobras, na remuneração do imobilizado e em um lucro em linha com competidores. O presidenciável afirmou que, "neste momento", a única responsabilidade pela crise dos combustíveis é de Michel Temer, poupando a ex-presidente Dilma Rousseff. "Ela não deixou essa política do Pedro Parente se implantar", afirmou. "Mas a política minha não é a da Dilma", ponderou, defendendo uma "matriz de custos absolutamente profissional."
Mandando um recado ao mercado financeiro, que não recebe bem uma proposta de mudar a política de preços da estatal, Ciro afirmou que em um eventual governo a própria União compraria as ações dos descontentes. "Quem não quiser, no meu governo, eu compro as ações. Quem quiser vender, o Brasil quer comprar", declarou.
(Com Agência Estado)
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