Com cerca de 400 homens no Ceará, a Força Nacional ainda tem previsão de continuar mais duas semanas no Estado. O número de agentes penitenciários adicionais pedidos pelo governador é 90.
"Precisamos ser firmes, mostrar que quem manda é o Estado. Tivemos um pico de ações nas ruas e elas tiveram redução significativa. Para se ter ideia, ontem (quarta-feira, 16) houve apenas duas ocorrências. Mas vamos continuar mantendo as ações dentro do sistema prisional, transferindo líderes para presídios federais. E é preciso se manter em estado de alerta e de acompanhamento e prevenção para qualquer tipo de reação", disse Camilo Santana.
Desde o dia 2 de janeiro, cidades cearenses tem vivenciado ataques a alvos como veículos, prédios públicos e mesmo obras de infraestrutura. O governador afirma que alguns dos ataques deveriam ser classificados como atos de terrorismo e defende mudança na legislação para isso.
"Incendiar ônibus, tentar explodir uma ponte, danificar prédios públicos, hoje em dia, eu não posso tipificar essa ação como terrorismo. Tem de haver mudança, de acordo com o que está acontecendo no Ceará. São organizações criminosas reagindo a ações fortes do Estado tentando intimidar", disse Santana.
Além da Força Nacional, há também agentes de inteligência prisional do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) atuando em conjunto com o Estado.
O governador destacou, como ponto positivo na atuação de inteligência, a recuperação de 5 toneladas de explosivos no último sábado, 11. "Havia uma preocupação forte minha porque houve um assalto ano passado no Ceará em que roubaram quase 6 toneladas de explosivos. Pegamos 5 toneladas no sábado e 700 kg na quarta", disse.
(Com Agência Estado)
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