Há anos esse período de desova dos nossos peixes causa problemas insanáveis neste estado.
Não dá para aguentar mais decisões e mais decisões de burocratas trancafiados em uma sala com ar condicionado que venham interferir na vida de milhares de pescadores e de empresários do ramo.
Afirmo sem nenhuma dúvida de que enquanto o IBAMA continuar falando japonês e a SEMA falando mandarim, fica os pescadores e aqueles amantes da beira de um rio, totalmente desorientados, tal qual uma barata quando leva uma chuva de Bayon.
E vem a diretoria do IBAMA publicamente afirmar em tom de voz categórico de que pescar em rios federais e seu afluente está proibido até o fim de fevereiro.
Como coisa que a maioria dos ribeirinhos, pessoas humildes e com pouco estudo, sabem diferenciar rio federal, estadual ou municipal.
Alta funcionária do órgão afirma que pescar no Rio Cuiabá está terminantemente proibido, por ser ele afluente do Rio Paraguai e os peixes sobem para desovar.
Porém, pescar no Rio Manso que é afluente do Rio Cuiabá está liberado, pois na foz desse rio existem milhares de placas avisando aos peixes que daí para cima não é mais o Rio Cuiabá e sim o Rio Manso.
Como os peixes aprenderam a ler, nenhum deles subirá o Rio Manso, pois sabem que nessas águas correrão risco de vida (dá licença!).
Tá na hora desse povo parar de zombar e de gozar na cara da população de Mato Grosso.
Empresários do ramo da pesca que o ano todo fizeram suas reservas, algumas delas internacionais, aplicando milhares de reais na manutenção de seus barcos e de seus hotéis, ficam à mercê de uma canetada de um cidadão ou de uma cidadã que de peixe mal entende no seu prato. Quer um exemplo? Aqui vai. Sabem os “estudiosos” que o pacú começa suas primeiras desovas ao atingir mais ou menos 45 centímetros.
Pois bem, é nesse tamanho (de 45 centímetros) que se permite a captura dessa espécie, terminantemente proibido se capturar um pacu abaixo de 45 centímetros, tamanho que ainda não começou a desovar.
Isso seria a mesma coisa que o fazendeiro permitisse somente o abate de fêmeas na sua fazenda, o que faria com que, em um curto espaço de tempo, esse fazendeiro não tivesse mais nenhum bezerro na fazenda.
O Ministério da Agricultura passa da hora de colocar um freio nesses “senhores” dos rios e lagos de Mato Grosso.
Tem que se colocar um fim nessa baderna que ameaça sem dúvida nenhuma, “quebrar” um dos maiores segmentos de turismo deste Estado.
Com a palavra o Ministério.
*EDUARDO PÓVOAS é odontólogo pós graduado pela UFRJ.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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