A prática da Constelação Familiar nos revela que temos dois movimentos em nosso inconsciente: um em direção à morte e outro em direção à vida.
Parece um conceito um tanto sombrio, não acha?!
Para entendermos melhor o que isso significa farei algumas considerações:
O nosso inconsciente está sempre ligado a um fato, ou a alguém, e quando este algo se encontra no passado, nós vivenciamos um sentimento de fraqueza, incapacidade, nos sentimos sem forças para viver. Pela visão sistêmica, dizemos que olhamos para a morte, ou seja, estamos presos ao passado.
Muitos de nós passamos por esse momento e não sabemos o que fazer. Vou relatar um exemplo vivenciado em um atendimento que pode elucidar as consequências dessa situação e encorajar o leitor a buscar auxílio.
Uma pessoa me procurou pois estava se sentindo sem ânimo; tudo na sua vida tinha sido conseguido com muito esforço, como se ela lutasse o tempo todo para sobreviver, e isso estava pesando para ela, que já estava se sentindo sem forças. Então abrimos o movimento de constelação e emergiu de seu inconsciente uma fidelidade por uma irmã gêmea que não nascera (e, sim, de acordo com a Constelação Familiar, pertencem ao sistema familiar os bebês que não nasceram - lei do pertencimento que falei no artigo anterior).
Esta cliente estava olhando para a morte, seu subconsciente carregava uma culpa muito grande por viver, enquanto sua irmã não pudera fazê-lo. Esse acontecimento veio à luz de seu conhecimento e possibilitou que ela olhasse com amor para esse fato, incluindo a existência dessa criança em sua história.
Imediatamente, conforme relato da paciente, uma sensação de alívio percorreu seu corpo, e ela percebeu um sentimento de alegria surgindo em seu coração. A partir dali, disse que se permitiria viver.
Como isso aconteceu? Uma simples mudança de postura interna. O seu consciente fez uma releitura daquela informação que gerou o trauma, gravando em seu DNA a existência dessa irmã não nascida de uma maneira amorosa, e esse movimento liberou seu subconsciente do olhar para o passado e oportunizou o olhar para o presente.
E qual a importância de se estar no presente? Só estando no presente podemos receber toda a força do que se passou e, por conseguinte, somos impulsionados para caminhar para a Vida de uma forma mais leve e fluída. Todos nós vivenciamos esses movimentos em nosso inconsciente e podemos, através dessa ferramenta de autoconhecimento, melhorar nossa condição de existência, conhecer mais a nossa história e acolhê-la com amor, deixando de sobreviver e nos permitindo VIVER.
(*) DUMARA VOLPATO é advogada e Terapeuta em Constelação Familiar com Curso em Hellinger Sciencia pelo Instituto Hellinger do Brasil; Formação em Constelação Familiar pelo Instituto CreSer de Campo Grande – MS; Curso de Aprofundamento em Novas Constelações e Curso de Análise Transacional pelo Instituto de Constelações Familiares Brigitte Champetier; e Praticante Profissional de Cura Reconectiva e Reconexão, pelo The Reconection, Califórnia – EUA. E-mail: [email protected]
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