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Artigos Quarta-feira, 08 de Março de 2017, 16:46 - A | A

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Quarta-feira, 08 de Março de 2017, 16h:46 - A | A

Mulheres

Ser homem é se empenhar para que a vergonha do prevalecimento, da discriminação e da violência deem lugar a igualdade, a ternura e ao amor

JOÃO EDISOM

 

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João Edisom

 

Não quero ser piegas e usar o dia das mulheres para falar de mulheres do mundo todo. Até porque não acho que as mulheres são melhores que os homens. Tenho convicção que nenhum homem seja melhor que as mulheres. Acredito no ser humano. Aí somos imperfeitos, alguns mais que os outros. Temos os bons, os doentes e os egoístas, independente de gênero. Mas quero falar das mulheres que conheço, das mulheres que convivi e das que convivo.

 

Sempre fui um sortudo neste quesito. Convivi com bisavós, uma índia e outra árabe, morando na mesma casa com avó, mãe, tias, primas, namoradas, esposas (casei mais de uma vez), filha e neta. E sempre as melhores mulheres, ou os melhores seres humanos do mundo, que me escolheram para estar por um curto, médio, longo ou mesmo para sempre perto delas. E é dessas mulheres minha referencia, pois foram e ainda são elas que tecem o lado mais nobre de minha alma.

 

Acrescento generosas amigas, colegas de trabalho, de estudo, de profissão, de tarefas, ou mesmo mulheres que por uma hora, por um dia, por uma semana, ou por um ano letivo (como as professoras) passaram e deixaram, de uma forma ou de outra, um pouco mais generoso este ser em constante transformação. Assim como Arthur Schopenhauer, penso que “a mulher é um efeito deslumbrante da natureza”.

 

Em tempos de guerra, violência doméstica, desigualdades de condições de acesso e de trabalho, já não acredito mais nas leis ou nos rotulados grupos de defesa da mulher ou de qualquer outra coisa contaminada pelos ventos do interesse partidário. Para mim, ou são ideológicos demais, partidários demais, ou apenas estão lá para ter uma ocupação na vida e até mesmo ganhar alguns. Mas isso não desmerece as lutas travadas por outras tantas mulheres, seres humanos incríveis planeta afora.

 

Até mesmo porque das mulheres (seres humanos incríveis; para mim as melhores do mundo) que convivi e que convivo, mesmo sem entrelaçar pelas praças e pelas cores simbólicas da luta organizada, fizeram e continuam fazendo sua parte nesta luta. Não por elas apenas, mas por um mundo melhor e mais justo a todos, independente de gênero, assim como afirmou Madre Tereza de Calcutá: “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”.

 

Leon Tolstoi escreveu: “A mulher é uma substância tal que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova”.  Portanto, deixemos de publicitar que lugar de mulher é aqui ou ali, ou mesmo onde ela quiser, porque lugar de mulher, de homem, de humanos e de tudo que vive é neste planeta e não somente onde quer, mas principalmente no aconchego da aceitação, do respeito e do viver e conviver coletivamente.

 

Penso que a melhor forma de um homem homenagear as mulheres não está apenas no dia 8 de março, mas na prática, no seu dia a dia, respeitando as diferenças não só das mulheres, mas dos filhos e das filhas destas mulheres, respeitando todos os seres humanos que advém de um útero feminino, respeitando o planeta, afinal amor e respeito não custam nada e fazem bem para a alma da gente.

 

Minha melhor homenagem não só as mulheres do mundo, mas principalmente a estas tantas mulheres que sou imensamente grato. Estão e estarão nas minhas ações no dia a dia, prometendo e cumprindo o dever de estar ao lado delas nas suas lutas e batalhas que, apesar de dura, se tornam meiga nas palavras de William Shakespeare: “Meus olhos viraram pintores e com isso esboçaram a beleza de tuas formas nas telas do meu coração”.

 

Que a esperança de um mundo eternizada nas palavras de Cecília Meireles possa de fato ocorrer: “A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la”.  Ser homem é se empenhar para que a vergonha do prevalecimento, da discriminação e da violência deem lugar a igualdade, a ternura e ao amor. Parabéns a todas as mulheres, em especial as que teceram e ainda tecem minha vida. Obrigado, seres humanos incríveis que, apesar da crueldade que lhes são impostas, fazem tão bela a vida, fazem tão bem ao mundo.

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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