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Artigos Quinta-feira, 21 de Junho de 2018, 09:36 - A | A

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Quinta-feira, 21 de Junho de 2018, 09h:36 - A | A

Em tempos de frustrações

Aqui, o importante é ganhar, mesmo que seja roubando. Isso tem valido para o esporte e para a política

JOÃO EDISOM

 

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João Edisom

 

Os acontecimentos políticos desencadeados em 2013 (passeatas na Copa das Confederações), as constantes operações policiais, as decepções políticas e administrativas, as atitudes de muitos ministros do STF e o repercutir dos escândalos nas obras da Copa de 2014 fizeram com que o brasileiro perdesse a autoestima. Isso tem refletido no torcedor de futebol e deve chegar as eleições de 2018.

 

Pierre de Frédy, mais conhecido pelo seu título nobiliárquico de Barão de Coubertin, foi um pedagogo e historiador francês que ficou para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna. Ao dar abertura as Olimpíadas, ele pronunciou a sua frase mais célebre: "O importante não é vencer, mas competir. E com dignidade". Isso vale para quase todo mundo, mas não para os brasileiros. Aqui, o importante é ganhar, mesmo que seja roubando. Isso tem valido para o esporte e para a política.

 

Eleição deveria ser tempo de esperança, mas os possíveis candidatos, principalmente a presidência, e seus velhos e desatualizados discursos tem contribuído de forma significativa para aumentar o descrédito não somente com os políticos que estão na ativa como também com os possíveis eleitos, sejam eles quem for.

 

Devido a tudo isso, a relação do torcedor com a seleção e os possíveis resultados dos jogos da seleção brasileira na Rússia estão contaminados ainda mais as eleições de 2018. A autoestima nacional anda excessivamente baixa, tanto que a torcida está aos extremos: torce inicialmente para o Brasil ganhar, mas se for para empatar ou perder preferem que a seleção seja goleada, massacrada, arrebentada. Isso demostra a falta de esperança, desespero e dor.

 

Ao final dos anos 50 surgiram Pelé, Garrincha e companhia no futebol fazendo o Brasil chegar ao seu primeiro titulo mundial, feito que se repetiu em 1962. Junto com o futebol surgia Éder Jofre, pugilista peso galo. Mais tarde, em 1970, tivemos a vitória histórica com a seleção e neste período surgiu também uma dinastia nas corridas de Fórmula 1, Emersom Fittipaldi, na sequência Nelson Piquet e Airton Senna. Eles somaram juntos oito títulos entre 1972 e 1991.

 

Gustavo Kuerten, que surge justamente em 1994, ano que a seleção é tetra nos EUA, vai até 2014, somado que o Brasil virou penta na Copa da Coreia e Japão em 2002. Após isso, muitas decepções no esporte. É verdade que alguém vai lembrar do voleibol, mas assim como o basquete, campeão dos anos 60, o vôlei nunca empolgou o brasileiro. Esses esportes não tem cheiro de “povo”. O tênis também não, mas o campeão tinha este apego popular.

 

Bem, falei tudo isso para dizer que voltamos ter o "Complexo de vira-lata" que é uma expressão criada pelo dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, a qual originalmente se referia ao trauma sofrido pelos brasileiros em 1950, quando a Seleção Brasileira foi derrotada pela Seleção Uruguaia de Futebol na final da Copa do Mundo em pleno Maracanã. Na próxima eleição poderemos votar com o sentimento de vira lata, e aí o quanto pior melhor votarmos para que tudo seja realmente destruído. Perigo isso!

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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rina carli 21/06/2018

fraquérrimo, que mundo vc vive ? mais da metade da população nao gosta de futebol nao sabem nem a escalação do seu time e nem da seleção , se liga na realidade do país para tentar ser apenas um pouco coerente e para r de escrever abstrações

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