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Artigos Quarta-feira, 26 de Abril de 2017, 17:06 - A | A

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Quarta-feira, 26 de Abril de 2017, 17h:06 - A | A

É preciso matar o herói existente dentro de nós

O país que queremos está no trabalho qualificado e não no empregador “bondoso”

JOÃO EDISOM

 

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João Edisom

 

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram (trecho da obra Encerrando Ciclos).

 

Em tempos de delação, listão e desconfiança geral algo bom pode surgir. Podemos descobrir que uma grande nação se faz com cidadão consciente de suas obrigações para com a coletividade, para com seu município, para com seu estado, para com seus pais, para com o mundo e não de heróis ideológicos e falastrões. Nossos heróis e salvadores da pátria estão morrendo de uma doença chamada “esperteza”.

 

Faz-se necessário matar os salvadores da pátria incrustrados dentro de nós. É preciso matar o herói “esperto” que iria fazer por mim aquilo que é minha obrigação fazer para, quem sabe, surgir o cidadão capaz de transformar a realidade a sua volta. Não precisamos de heróis, nem de salvadores da pátria. Precisamos de gente honesta, trabalhadora, ética e comprometida com a vida.

 

Os heróis do Brasil, os salvadores da pátria do Brasil, prepararam este país para bandidos e “espertalhões”. Agora que cada um destes heróis e salvadores estão caindo como se fossem um grande dominó do mal, quem sabe poderemos estar livres dos “gênios” da política e podemos voltar a pensar que ninguém fará um pais melhor para nós se não nós mesmos. Somos nós que teremos que colocar a mão na massa e construir uma nação além das ideologias baratas e eleitoreiras.

 

O país que queremos está nos livros a serem lidos e não nas mentes brilhantes e mágicas dos falastrões. O país que queremos está no trabalho qualificado e não no empregador “bondoso” privado ou no concurso público. O país que queremos está na minha forma de me relacionar com o certo e com o errado e não em leis feitas por heróis em castelos parlamentares para depois a sociedade cumprir. Bom senso e justiça não precisam de lei. Precisam de gente com caráter e consciência.

 

As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações, mudar o rumo das conversas, dar mais de nós mesmos para que soluções sejam parte de minhas ações. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível. É reflexo daquilo que pensamos antes de agir. É parte do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas pessoas (heróis), de certas ideologias (direita, esquerda) significam também abrir espaço para que outras formas de pensar tomem seu lugar em nossas mentes. 

 

O Brasil não precisa de gente nova. O Brasil precisa é de um pensamento novo dentro de nossas velhas cabeças. Heróis não existem, salvadores da pátria não existem. O que existe são pessoas com mais ou com menos poder e pensar que este poder não está no cargo, mas sim que este poder está naquilo que faço enquanto estou agindo no meu dia a dia, está na minha relação com a coisa pública, na responsabilidade com a educação, com o respeito ao próximo.

 

Afinal, “quem se vence a si mesmo é um herói maior do que quem enfrenta mil batalhas contra muitos milhares de inimigos”, diz um texto budista com significado muito próximo daquilo que precisamos fazer neste momento. Nossa maior luta será para vencer o germe da “esperteza” que ainda existe dentro de nós.

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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