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Artigos Terça-feira, 29 de Janeiro de 2019, 10:30 - A | A

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Terça-feira, 29 de Janeiro de 2019, 10h:30 - A | A

E ai, governador?

Todos precisam e devem fazer sacrifício mais uma vez neste momento difícil, mas depois, como fica?

JOÃO EDISOM

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João Edisom

 

O governador Mauro Mendes anunciou que o Estado deve algo próximo a R$ 4 bilhões e esta dívida está aumentando. Já há salários atrasados, fornecedores fechando as portas por culpa do “cliente” Estado, carros de polícia recolhidos, Samu e hospitais a beira de fechar as portas. Isso e muito mais justifica o “estado de calamidade financeira” decretado.

O estado de Mato Grosso tem aproximadamente 3.500.000 habitantes. A maioria dos mato-grossenses reside em áreas urbanas (82%), a população rural compreende 18%. O estado possui 141 municípios de territórios complexos e grandes. Um estado continental com 3,36 hab/km², pouca gente e um longe do outro.

A maioria dos municípios é habitado por menos de 20 mil pessoas. Do total, menos de 20 municípios tem algum tipo de autonomia, ou seja, mais de 120 são totalmente dependentes dos ditos repasses constitucionais.

Cuiabá, capital do estado, é a cidade mais populosa, com algo próximo a 600.000 habitantes, uma das menores capitais do Brasil. A área metropolitana da capital fica próximo a um milhão de habitantes, os demais, dois milhões e quinhentos mil pessoas, estão espalhadas por 903.357 km².

O decreto que coloca o Estado em condições de calamidade financeira mostra a falência administrativa desta unidade federativa. Não quero aqui discutir os porquês de ter chegado a isso, exatamente porque tem que primeiro resolver, é emergencial.

Mas quando resolveremos isso? O que fazer? No dia que tivermos superávit, por onde começar? A quem atender?

O Estado tem algo em torno de 106 mil funcionários públicos que somados aos que dependem desta renda não chega a 400 mil habitantes. A grande maioria da população do estado, cerca de dois milhões de habitantes, ainda não tem acesso a saneamento básico, principalmente esgoto, para muitos ainda falta até água tratada.

Se olharmos pela infraestrutura e logística, vários municípios ainda não tem acesso por estradas asfaltadas e chegamos ao ponto de ter município que sequer tem acesso por terra; os moradores tem que ir por outro estado.  Há necessidade de construir estradas e pontes em praticamente todos os municípios, sem citar os terrões nas áreas urbanas.

Nem quero citar a educação pública estadual, a segurança e a saúde, todos emergenciais, tanto que cada tema merece um artigo.

Mas tem mais: os ditos incentivos fiscais, para gerar emprego e renda, poderão ser dados? Isenção fiscal para colaborar com o desenvolvimento do estado poderá ser concedida?

Todos precisam e devem fazer sacrifício mais uma vez neste momento difícil, mas depois, como fica? O cidadão que mais uma vez vai pagar a conta precisa saber. Isso tem nome: planejamento.

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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