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Artigos Segunda-feira, 13 de Março de 2017, 11:15 - A | A

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Segunda-feira, 13 de Março de 2017, 11h:15 - A | A

Cuiabá 300 anos - III

É chegada a hora de clarear a visão de futuro para a maior cidade de Mato Grosso

VINICIUS DE CARVALHO ARAÚJO

Assessoria

VINICIUS DE CARVALHO ARAÚJO

 

Os municípios brasileiros enfrentaram muitos desafios desde a vigência da nova Constituição. A começar pela descentralização na prestação de serviços públicos, que passou a ser exigir muito mais das prefeituras.Eles saíram de cerca de 25% do total de servidores públicos em 1988 para mais de 50% na atualidade, colocando como o mais importante ente da federação no item atendimento ao cidadão.

 

No caso específico de Cuiabá vemos que esta pouca visão estratégica lhe custou muito caro. A partir da década de 1966 começou a ser implementado o projeto de aproveitamento agropecuário da Amazônia e do Cerrado, com expansão da fronteira. A capital foi estruturada para ser o grande centro comercial, industrial e de serviços que suportasse toda esta expansão.

 

Basta observar o crescimento populacional deste período, proporcionado pelo intenso fluxo migratório. A população foi mulitiplicada por cinco vezes e meio,  pulando de cerca de 80.000 habitantes em 1966 para 430.000 trinta anos depois. O Produto Interno Bruto seguiu trajetória muito mais ousada, crescendo mais de 13 vezes no mesmo intervalo de tempo. Isto significa dizer o PIB por habitante cresceu em torno de duas vezes e meia, tornando a cidade muito mais rica do que era no começo deste processo.

                 

Em função deste processo acelerado e concentrado Cuiabá chegou a atingir 36% do PIB de Mato Grosso em 1996. Em decorrência do crescimento mais acelerado do interior comparado com a capital a sua participação caiu para patamares muito inferiores, chegando a um mínimo de 16% em 2008 e subindo para cerca de 20% em 2014. É possível que o resultado deste último ano reflita o impacto de mais um ciclo de ivestimentos públicos e privados na cidade, desta vez voltados para a realização da Copa do Mundo 2014. Esperemos para ver se a tendência se mantém.

                 

Esta perda de participação denota, em grande quantidade, um descolamento entre os processos de desenvolvimento metropolitano e interiorano em Mato Grosso. Ela ficou um pouco perdida neste novo momento, tanto do ponto de vista econômico quanto político. A produção agropecuária praticada em Mato Grosso é referência internacional, mas naquilo que cabe à sua capital na divisão regional do trabalho, há ainda muitas falhas.

                 

Depois de duas décadas e na proximidade do marco dos 300 anos, é chegada a hora de clarear a visão de futuro para a maior cidade de Mato Grosso. É o momento de optar pelo perfil socio-econômico mais adequado e envidar esforços neste sentido. Apenas uma visão de longo prazo pode permitir esta reflexão e oferecer o horizonte para o município. Ela deverá ser uma balizadora para os demais planos municipais, sendo revisada a cada gestão. Mas não se pode perder o horizonte de longo prazo, sob pena de ficarmos patinando por mais algum período.

                 

O Rio de Janeiro aproveitou a comemoração dos seus 450 anos para elaborar uma visão de longo prazo denominada Rio 500. O produto final ficou muito bom. Entretanto, mais rico ainda foi o processo de construção, por meio de metodologia participativa nos conselhos da cidade e da juventude, boa parte da sociedade manifestou-se sobre suas expectativas para o município. Além do aspecto democrático, este nível de participação é fundamental para garantir a continuidade dos pontos centrais da visão de longo prazo, já que as rotatividades tão típicas do setor público serão balanceadas pela presença dos demais atores da sociedade civil e mercado.

                 

Diante disto tudo, justifica-se a realização de processo semelhante em Cuiabá, mirando nos 350 anos.

 

*VINICIUS DE CARVALHO ARAÚJO é analista político e professor universitário

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 13/03/2017

Deixando um pouco a questão materialista, na qual em 2019 Cuiabá completa 300 anos de fundação...e tocando mais no assunto Espiritualista, diversos Centros já anunciaram que: Nosso Senhor JESUS tinha dado pro Brasil 50 anos, para endireitar tudo; e esse prazo termina exatamente em 2019. A regra espiritual é a seguinte: o que não endireitou pelo Amor, vai endireitar pela Dor. Diariamente Milhões de Brasileiros rezam, oram, pra DEUS colocar a sua mão no Brasil e acertar tudo; dizem que a mão de DEUS é pesada, todas as preces serão atendidas. Portanto, devemos nos preocupar mais com o espiritual do que com o material, porque a lenha vai descer no lombo. Portanto 2019 será muito importante, principalmente pra Cuiabá...não adianta embelezar a cidade, se a violência, os crimes, tudo o que não presta, as drogas, cada vez aumentam mais. E o negócio vai piorar ainda mais. Hoje um senhor me relatava que foi assaltado num ponto de ônibus na Morada do Ouro, por um triz não levou um tiro na cara, porque demorou para dar a carteira. Salve-se Quem Puder!

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