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Artigos Quinta-feira, 21 de Março de 2019, 07:29 - A | A

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Quinta-feira, 21 de Março de 2019, 07h:29 - A | A

Amor ciente, o amor que cura

Hellinger, em seus estudos, notou que existem dois conceitos de amor que habitam em nós: o amor cego e o amor que vê, também chamado de 'o amor que adoece' e o 'amor que cura'.

DUMARA VOLPATO*

Divulgação

Dumara Volpato

 

 

Você já fez algo para auxiliar alguém e esse ato lhe causou embaraços, mal-estar ou prejuízos? Quem de nós ainda não passou por essa experiência, certo!?  Quem já vivenciou, sabe que o primeiro pensamento que nos vem é: fiz isso com amor e acabei me prejudicando. Por que esse movimento acontece? Esse é o assunto que vamos conversar hoje. 

Bert Hellinger, criador da Constelação Familiar, percebeu a existência de três Leis que atuam em nossos relacionamentos e as denominou de Leis do Amor. Ele as nominou desta forma para os mostrar que os vínculos que formamos na nossa Vida se baseiam no amor - e apenas no amor. Por que, então, às vezes, como consequências desses relacionamentos, somos prejudicados? Hellinger, em seus estudos, notou que existem dois conceitos de amor que habitam em nós: o amor cego e o amor que vê, também chamado de 'o amor que adoece' e o 'amor que cura'. Como assim? Se tudo é amor, não deveria apenas curar? Essa é a nossa primeira compreensão, por isso vamos ampliá-la um pouquinho mais. 

A prática das constelações nos revela que nosso subconsciente possui uma fidelidade muito profunda aos nossos ancestrais, ao nosso clã e ao nosso grupo. Esta fidelidade está ligada à nossa consciência arcaica (aquela que zela para que todos tenham um lugar no sistema familiar). Quando, em nossa família, percebemos alguém sofrendo, carregando um destino difícil, nós nos sensibilizamos rapidamente e sentimos a empatia - a capacidade de sentir um pouco do que o outro está sentindo e vivenciando. Por amor a essa pessoa, que geralmente é maior que nós (quando digo isso, me refiro às pessoas que vieram antes de nós na linha do tempo), nos colocamos em uma postura interna do “eu por você”: por amor eu carrego aquilo que você não dá conta; ou, “eu sigo você”: por amor eu caminho na sua estrada por você; e, assim, adoecemos.

Nessa postura, estamos vivenciando o amor que adoece - ele frequentemente se mostra sob a forma de doença, fracassos ou sentimentos sobre os quais não temos controle. Chamamos de amor cego porque não nos permite ver o amor dos grandes para nós (enxergamos apenas o nosso amor por eles) e isso nos coloca em uma posição superior aos nossos ancestrais, como se disséssemos para eles: "vocês não são capazes; eu faço por vocês; eu sei resolver melhor que vocês". Acho que ninguém gostaria se ouvir isso, certo!? É o mesmo que desconsiderar todo o esforço, toda a perda que tiveram para que chegássemos até aqui.

Como, então, posso amá-los e fazer algo que possa auxiliá-los sem me prejudicar? Podemos amá-los através do amor que vê, que nos possibilita enxergar que não só nós amamos aqueles que chegaram antes, como eles também nos amam e querem nos ver levando a vida adiante. Através desse amor que cura nós reconhecemos a grandezas dos nossos pais, avós e ancestrais, percebemos que apenas eles são capazes de carregar o destino que trouxeram. Reconhecemos suas batalhas, sua peleja em enfrentar as condições mais adversas: eles adoeceram e muitas vezes até morreram para que a vida pudesse chegar até nós de uma maneira mais evoluída, mais fácil e mais leve.

Vou descrever um exemplo que demostra essa situação. Uma mulher procurou a constelação familiar porque estava com insônia. Quando colocamos a questão para saber a origem do sintoma, revelou-se que sua mãe apresentava a insônia e que um irmão mais velho de sua mãe também. A cliente revelou que seu tio participara da guerra e fazia a vigília noturna dos soldados, então, não dormia. Quando ele voltou de lá, desenvolveu insônia e terror noturno e acabou sendo internado em um hospital psiquiátrico, onde passou o restante de sua vida.

Ela percebeu o movimento de amor cego que sua mãe sentia pelo irmão mais velho e, por sua vez, ela também olhava através desse amor para sua mãe. Quando isso veio ao seu conhecimento, ela mudou a postura interna. Percebeu o quão pequena ela era diante do amor que sua mãe tinha por seu irmão, e que ela não tinha direito de interferir nisso. Reconheceu a força de sua mãe em carregar aquele amor e passou a vê-la através do amor que cura. Qual o resultado dessa mudança?! Os sintomas de insônia desapareceram de sua vida!

O amor ciente tem a capacidade de acolher a vida como ela é e seus destinos, por mais difíceis que sejam. Reconhece a competência que cada um tem de trilhar seu destino e superar as dificuldades que nele se apresentam. O amor que vê ou amor ciente nos conecta tão firmemente com nossos ancestrais que o nosso subconsciente consegue acessar todo o aprendizado que eles tiveram diante das situações difíceis. Esse conhecimento passa a ser para nós uma fonte de força, traz cura e nos dá uma condição de prontidão diante da Vida. 

(*) DUMARA VOLPATO é advogada e Terapeuta em Constelação Familiar  com Curso em Hellinger Sciencia pelo Instituto Hellinger do Brasil; Formação em Constelação Familiar pelo Instituto CreSer de Campo Grande – MS; Curso de Aprofundamento em Novas Constelações e Curso de Análise Transacional pelo Instituto de Constelações Familiares Brigitte Champetier; e Praticante Profissional de Cura Reconectiva e Reconexão, pelo The Reconection, Califórnia – EUA. E-mail: [email protected]

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