Mayke Toscano
Escutei duas coisas nesta semana que gostaria de compartilhar com vocês que me acompanharam o ano todo, lendo minhas bobagens.
1-Vamos ao caso de uma família que tinha um velho sonho, fazer um cruzeiro pelo mundo a bordo de um transatlântico.
Pela vida toda juntaram dinheiro para realizar o sonho. Economizaram em tudo. Deixaram de fazer tudo que faziam. Cortaram passeios restaurantes e outras atividades.
Após trinta anos juntando dinheiro um belo dia o chefe da família chega a casa com as passagens na mão. Cinco passagens para um cruzeiro de trinta dias em um transatlântico de primeira linha.
Ao apresentar as passagens à família, o marido diz: gente gastei tudo que juntamos e não tenho mais nenhum centavo nem mesmo para nos alimentarmos a bordo. A esposa disse que mesmo assim, realizariam o sonho de viajar.
O marido resolveu comprar uns pães com queijo com alguns centavos que lhe sobrou para levar no navio.
Lá comiam de manha, à tarde e a noite pão com queijo. Os meninos olhavam, via janela do restaurante, os outros passageiros se saciando de vastos banquetes.
Passavam os dias e ele, a esposa e os filhos não aguentavam mais comer pão com queijo. Estavam magros e desnutridos.
“Ao vigésimo oitavo dia de viagem, e vendo o sofrimento dos filhos e da esposa, resolveu o marido se humilhar perante o comandante do navio dizendo a ele:” estamos viajando ha vinte e oito dias, paguei com muito sacrifício as passagens e estamos sem dinheiro para nos alimentarmos. Por favor, dê a nós um prato de comida”. Ao que o comandante pediu para ver suas passagens. Ao vê-la, começou a rir sem parar. O marido pergunta a ele: o senhor está debochando ao rir de mim?.
Ao que diz o comandante: não senhor, o senhor comprou uma passagem que lhe dá direito a todas as refeições do dia, qualquer bebida que o senhor quiser e só lhe faltou ler as cláusulas do contrato para saber de seus direitos.
Moral da história: Quem assina sem ler o contrato, nem reivindicar seus direitos sabe.
2-Um idoso vai ao Pronto Socorro e pede ao Médico para lhe fazer um curativo na sua mão.
O Médico nota a pressa e o nervosismo do idoso ao limpar a ferida. Cada vez mais a pressa e o nervosismo tomam conta do idoso até que o Médico resolve perguntar a ele o porquê dessa pressa toda. Ele responde: doutor, minha pressa é para ir ao abrigo visitar minha mulher, pois hoje é dia de visita. Diz o Médico: visitar sua mulher? Responde o idoso: É doutor, mas ela tem parquison e há cinco anos não me reconhece. Diz o Médico: Não te reconhece? E porque tanta pressa?
Diz o idoso ao Médico: doutor, ela não me reconhece mas eu a reconheço como a mulher da minha vida.
Moral da história.
O respeito, o carinho e a solidariedade ajudam a conservar anos de convivência e o reconhecimento jamais será esquecido daquele ou daquela que fizeram jus a tal.
Ninguém sai da vida do outro por pouca coisa ou por um jargão usado na mídia. Os motivos da saída de alguém da vida de alguém devem ser analisados por quem conhece as causas. Minha avó me dizia: “filho, segredo de casa, barata que sabe”.
Feliz Natal a todos!
*EDUARDO PÓVOAS é odontólogo pós-graduado pela UFRJ.
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