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Artigos Quarta-feira, 20 de Setembro de 2017, 11:26 - A | A

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Quarta-feira, 20 de Setembro de 2017, 11h:26 - A | A

2018 incesto eleitoral

Vai ser um tal de colocar um parente submisso ao seu cajado para não perder o poder

JOÃO EDISOM

 

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João Edisom

 

Daqui a exatamente um ano estaremos em pleno fechamento da campanha eleitoral para presidente da República, governadores, deputados estaduais, federais e dois senadores por estado. É a macro eleição do país. Quem serão os candidatos? Quem a justiça deixará ser candidato? Quem estará bradando aos nossos ouvidos? Que caras veremos nos cartazes e nas bandeiras dos entroncamentos e esquinas?

 

Os efeitos das constantes operações policiais, das delações premiadas, dos julgamentos em primeira e segunda instancias jurídicas, o fator familiar, que em muitos casos vão exigir que os seus se retirem da vida pública, poderão e farão um enxugamento nas chapas onde os velhos conhecidos reinavam absolutos.

 

De um lado vai ser um tal de colocar um parente submisso ao seu cajado para não perder o poder e nem o patrimônio eleitoral que será duro de aturar. Teremos filho, filha, cunhado, irmão, irmã, esposa, marido, primo, prima, chefe de gabinete, compadre... Um incesto eleitoral.

 

Do outro lado teremos os aventureiros em busca de um lugar ao sol. Teremos gente séria, bem intencionada (poucos, é verdade) mais sem a experiência necessária para enfrentar as raposas e seus incestados candidatos. Dificilmente obterão êxito.

 

Teremos também os salvadores da pátria, que estarão discursando e vomitando honestidade no horário político gratuito, mas na verdade estão de olho nas regalias do poder e nos altos ganhos financeiros da vida pública.

 

O povo (pessoas) que tem desejo de ocupar cargos públicos (eletivos) não se preparam para tal, não estudam, não buscam conhecimentos, pouco entendem de eleição, função ou cargo público que almejam. Estes, mesmo que eleitos, uma vez no poder costumam, por falta de conhecimento, fazer o que os outros fazem ou faziam.

 

Essa dualidade não é nova, ela tem sido uma constante na nossa história. Ora perdemos para a corrupção, ora perdemos para a incompetência. Estamos em um processo de mudança, é fato. Mas verdadeiras mudanças começam na sociedade, com uma educação eficiente, e isso ainda não temos. De uma sociedade sem conhecimento e sem compromisso não nascerá políticos bons.

 

Tanto que Nelson Rodrigues, na década de 60 já acostumava falar que “muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos”. O Brasil de 2017 e o Brasil após 2018 não tem como ser muito diferente. Não temos um povo diferente, nem eleitores diferentes para produzir políticos diferentes.

 

Mas mesmo assim haverá eleição e alguém terá que se candidatar. Afinal, como afirmava Eça de Queiroz, “políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo”. Alguém será eleito. Quem? Para as mudanças ocorrerem ainda precisaremos melhorar o eleitorado, caso contrario o jeito é confeccionar mais tornozeleiras.

 

O Brasil de amanhã? Estará abarrotado com as velhas raposas (fora do cargo, mas não do poder) ora nos gabinetes, ora como conselheiros. Bem como na música “Sob medida”, de Chico Buarque: “Eu sou seu incesto; Sou perfeita porque igualzinha a você eu não presto”.

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 20/09/2017

Depois da delação premiada dos mais de 70 Executivos da Odebrecht, da delação do Silval...o que nos deve preocupar bastante em 2018 é...QUANTO vai custar pra eleger um Governador, 2 Senadores por Estado, Deputados Federal e Estadual? A regra da escolha em quem vamos votar é simples...começa com a filosofia, ELEIÇÃO é igual Departamento de Pessoal, onde podemos Demitir e Contratar pessoas pra nos representar. Quem vamos Demitir e Quem vamos Contratar? O ideal é colocar uma nova safra de pessoas que possam começar a escrever uma nova página na história política do Brasil e de Mato Grosso...o processo democrático com isso é renovado. A gente contrata novas pessoas, e se elas não derem conta do recado, entre 2019 a 2022, a gente demite todo mundo em 2022, e contrata novas pessoas, uai. Lembrando que Senador tem mandato de 8 anos. Afinal de contas os políticos passam, e Mato Grosso, que é muito mais importante, fica. O importante é Mato Grosso, e a pátria amada Brasil.

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