A população reagiu e o resultado foi comprovado nas urnas.
As últimas eleições nos trouxeram um recado inequívoco, baseados nos simples e sinceros predicados de mudança e renovação.
O recado nas urnas foi dado claramente. Embora, ainda tenhamos um longo caminho para percorrer, o eleitor começou a mudar, e permanece, em seu constante estágio de evolução.
Os cuiabanos, mato-grossenses, brasileiros e afins, finalmente estão começando a dizer “não” às velhas práticas e aos inúmeros caciques da política.
Muitos destes, envolvidos em diversos escândalos de corrupção, e sem qualquer comprometimento com a sociedade brasileira.
O interesse em restaurar a ética e a transparência no setor público, estimulou os eleitores, a depositarem nas urnas um voto crítico e consciente, nos possibilitando uma positiva renovação em nossos quadros políticos.
As renovações foram marcantes. No Senado Federal, por exemplo, o índice de renovação alcançou a marca dos 85%.
E, mesmo com o peso político da máquina pública em mãos, dez governadores não conseguiram renovar com a sociedade, o seu compromisso por mais quatro anos de mandato.
Enfim, o resultado foi claro. E só não vê quem não quer.
Desde o processo da redemocratização, a nossa jovem democracia, jamais passara por um processo de mudanças tão marcante, como nas últimas eleições.
Trazendo em sua história a árdua marca de dois processos de impeachments, constantes atos de estelionatos eleitorais e corrupção, a nossa “ferida” e “prematura” democracia, passa por um processo de ressurgimento.
Processo este, que carrega contigo, os ideais e princípios de uma nova geração, formada por jovens líderes, os quais acreditam que a política não é feita apenas por meio do voto, mas sim, por meio de ações que buscam reduzir a distância entre a população e a política.
O grande desafio do momento é ir além do temporário, e construir uma forma de atuação contínua, a fim de que possamos conquistar nossas demandas populares não somente apenas às vésperas das eleições.
É preciso construir uma nova cultura de que o cidadão também é parte desse processo. A nova política baseia-se nisso.
É necessário que voltemos a confiar em nossos políticos, e que estes realmente representem às verdadeiras necessidades da população.
É isso que a população deseja. A proximidade com o seu representante político e a presença dele nos momentos de aflição em que se necessita de um serviço público de qualidade.
Afinal, política é isso. É esperança. É oferecer oportunidades de vida para que às pessoas possam vencer. É trabalhar para que as coisas avancem e melhorem. Isso é política. Isso é a nova política.
Que essa renovação não seja apenas de cadeiras. Mas, sim de princípios, de valores e ideais.
Que se valorize o que está dando certo, se corrija os erros, para que, em breve, possamos formar uma grande aliança em torno de um novo momento político para o Brasil.
E, por fim, que não se tolere mais qualquer tipo de atos de corrupção, nem por parte do político, e muito menos por parte do eleitor.
*GABRIEL GUILHERME é suplente de vereador por Cuiabá e estudante de Direito da Universidade de Cuiabá (Unic). [email protected]
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Rodrigues Schneider 07/11/2018
Interessante a proposta de leitura. Nos traz algumas reflexões sobre os cenários postos no campo político brasileiro. Contudo, faço algumas ponderações sobre o que seja “nova” ou “velhas” práticas (na) políticas. Essas eleições nos mostrou alguns gargalos políticos que se arrastam há 500 anos em nosso país, e uma tola ideia ou uma pretensão grotesca de resumi-la a questões partidárias ou ideológicas – ledo engano. A questão política brasileira representa uma dimensão complexa e multidimensional, que se enraíza culturalmente nas relações sociais do cotidiano, seja da população, seja nas práticas burocráticas do Estado e de seus agentes políticos. Não diria que a um “novo” Governo em formação, com a “eleição” de Bolsonaro, mas sim, um rescaldo de uma latência imanente e histórica amalgamada no tecido social, que, como um vulcão adormecido, erupçõu-se nessa medonha dicotomia partidária. A corrupção, não é o mal maior do Brasil, como queiram que pensamos, sob o viés do senso comum. Não mesmo, a corrupção no Brasil é uma “instituição social” forjada na cultura brasileira. É um constructo de relações. O que o Estado precisa romper, bem como seu governo, é com o paradigma colonial, com a falsa ideia de democracia, com a oligarquia política, dinástica e familiar imposta no serviço público. (Re) pensar modelos flexíveis e pautado na participação cidadão e na garantida efetiva de seus direitos. Instrumentalizar a população de uma educação plural e diversa, com a perspectiva da alteridade, do (re) conhecimento do Outro, bem como de si mesmo. Pois, infelizmente, o cidadão tem (ou detém) uma leitura rasa da complexidade política e de como esse fenômeno atravessa seu cotidiano.
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