Terça-feira, 23 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,17
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,17
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

Artigos Segunda-feira, 10 de Julho de 2017, 15:51 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 10 de Julho de 2017, 15h:51 - A | A

Aos que amam esta terra

Parece que ele foi um caçador de borboleta que por aqui passou

EDUARDO PÓVOAS

 

Mayke Toscano

Eduardo Póvoas/artigo

 

Uma homenagem minha à verdadeiros Cuiabanos que jamais chamariam as “Lavras do Sutil” de Ilha da Banana.

 

Nos escritos do meu saudoso pai Lenine Povoas que deu toda sua vida por esta terra, encontrei algo que preciso transcrever, principalmente quando nossa história tricentenária, é desrespeitada por uma minoria que infelizmente, tenta esculhambar páginas maravilhosas escritas por nossos ancestrais.

 

Para quem ainda pouco conhece a história do nosso povo, e acha que a nossa sociedade foi formada por um “ajunta ajunta”, transcrevo, de maneira resumida, o que meu pai escreveu em maio de 1993.

 

"Certo dia, há algum tempo atrás, uma professora universitária, vinda não sei de que recanto do Brasil (felizmente não era de Letras nem de História), perguntou-me se já houve algum mato-grossense que tivesse se projetado no âmbito nacional." Confesso que senti um calafrio com a pergunta, que me deixou aturdido, sem saber como deveria respondê-la.

 

Acabei por indagar a ilustre mestra se por acaso nunca tinha ouvido falar em Corsino do Amarante herói das guerras do Uruguai e preceptor dos filhos de Dom Pedro II; em Joaquim Murtinho, o salvador das finanças nacionais no governo Campos Sales; no Marechal Candido Mariano da Silva Rondon, o “Civilizador do Sertão”; em Eurico Gaspar Dutra o mais civil de todos os Presidentes; em Dom Aquino Correa o maior orador sacro do nosso século; nos Senadores Antonio Azeredo, Filinto Muller e Jose Fragelli, respeitados Presidentes do Congresso Nacional; em Manoel Cavalcante Proença figura destacada da literatura nacional; em Virgilio Correa Filho, Secretário Geral por muitos anos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e vários outros; o ex-governador Arnaldo Estevão de Figueiredo, admitido na Ordem de Rio Branco no grau de Grande Oficial; o Dr. Corsíndio Monteiro da Silva, uma das maiores culturas da nossa terra em todos os tempos, e atual consultor jurídico do Estado maior das Forças Armadas, membro efetivo da Academia Mato-grossense de Letras, da de Brasília e da Associação Nacional de escritores, alem de muitas medalhas e condecorações pelo país afora.

 

Luis Philippe Pereira Leite, ilustre Presidente do nosso Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, que escreveu a maior parte de suas obras depois de cego, consagrado como vencedor de uma eleição para ocupar uma vaga no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. O Professor Aecim Tocantins, homem de admirável modéstia foi honrado com sua eleição para a cadeira 37 da Academia Brasileira de Ciências Políticas, Econômicas e Sociais, ocupando a cadeira do Professor Eugenio Gudin. Para a mesma Academia foram eleitos os Professores Odenildo de Sá Telles, Luzia Guimarães e a contadora Acy Castrilon Ferreira.

 

O cirurgião cuiabano Farid Seror, recebeu no maior silêncio, tempos atrás, uma das maiores homenagens que o Japão pode prestar a personalidades distinguidas pelo pais, a Medalha da Ordem do Sol Nascente, só outorgada anteriormente ao Presidente João Figueiredo”.

 

Isto li numa pequenina anotação que encontrei. Óbvio que quem é daqui e conhece um pouco da nossa história, sabe que esses nomes foram alguns que meu pai pode dizer rapidamente a “mestra”.

 

Há algumas centenas de nomes que poderiam perfeitamente estar nessa relação. Alguns perderam suas homenagens como é o caso do Senador Filinto Muller. Parece que ele foi um caçador de borboleta que por aqui passou. Agora, o nome de Sérgio Mota em uma das mais importantes obras da cidade perpetuou. Um homem que nunca pôs os pés aqui.

 

Fala verdade, após ler isto, você leitor inteligente ainda vai chamar o Largo do Rosário de Ilha da Banana, tal qual alguns “despombalizados”?

 

*EDUARDO PÓVOAS é pós graduado pela UFRJ.

                        

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Carlos Nunes 10/07/2017

O nome correto não é Ilha da Banana...é Ilha do Preço de Banana, pois os proprietários do local, receberam ou receberão uma indenização pela desapropriação de "preço de banana". Quanto vale essa área central da cidade, donde de lá vai direto pro CPA, pro Coxipó, pro Porto, etc? E fica defronte ao único patrimônio histórico nacional e mundial...a Igreja do Rosário, Capela de São Benedito. Além do valor econômico, tem o valor sentimental de pessoas que vivem há muito tempo no local...e que vão ser expulsos NA MARRA, sem choro nem vela. Aliás, faz tempo que os cuiabanos foram sendo expulsos do Centro da Cidade, e daqui a pouco não vai ter um pra contar estórias. Vi pelos sites o tal do projeto do Largo do Rosário, e não entendi patavina, bulhufas...vão demolir as casas, os imóveis, mas vão fazer Restaurante, Café, e outras coisas mais no local. Demole a casa do fulano, paga uma mixuruca de indenização, preço de banana, e...em cima constrói um restaurante pra ser Terceirizado, e alguém ficar enchendo os bolsos até fofar por décadas. Terceirização é pra 10 ou 20 anos...Puxa vida! Nessa estória, os atuais proprietários vão perder aufa...e os outros, espertos pra burro, vão ganhar a beça.

positivo
0
negativo
0

1 comentários

1 de 1

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros