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Em janeiro, carne registrou aumento de preço de 4,1%
Os aumentos de 63,3% no preço do tomate e de 4,1% da carne bovina no mês de janeiro deste ano comparado ao mesmo mês do ano passado, puxaram a cesta básica para uma alta de 3,3%. Os dois produtos foram os que tiveram a maior majoração nas participações da cesta básica, de acordo com o primeiro indicativo da cesta básica para 2018 do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea).
Apesar da desaceleração da inflação nos últimos dois anos, o reajuste do salário mínimo estabelecido pelo governo federal no início deste ano não acompanhou a inflação acumulada do ano anterior, visto que o salário mínimo foi reajustado em 1,8%, enquanto a inflação acumulada em 2017 foi de aproximadamente 3,0%.
Este fato impactou no poder de compra do consumidor e, consequentemente, na jornada de trabalho necessária para adquirir a cesta básica. Em janeiro de 2018, o trabalhador cuiabano remunerado pelo salário mínimo comprometeu quase 98h da jornada mensal, 1h37min a mais que em janeiro de 2017, a fim de adquirir os gêneros essenciais. Com um valor médio de R$ 425, a cesta básica impacta metade da renda bruta de um trabalhador que ganha R$ 954, o valor do salário mínimo.
A copeira Valdirene Dias, 39 anos, tem buscado trabalho de faxineira nos finais de semana, além de bicos em lanchonetes no período noturno, ainda assim tem faltado carne no cardápio da família. "Nem sempre dá para comprar 'mistura'. A gente vai se ajeitando com ovos, salsicha, miúdos para dar uma diferenciada. Está tudo muito caro".
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