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AgroHiper Domingo, 11 de Março de 2018, 10:00 - A | A

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Domingo, 11 de Março de 2018, 10h:00 - A | A

RECUO DE 2,17%

Produtores amargam baixos preços no litro do leite

DÉBORA SIQUEIRA - ESPECIAL PARA O HIPERNOTÍCIAS

Em janeiro de 2018, o preço do leite pago ao produtor em Mato Grosso amargou a sétima queda consecutiva, sendo cotado a R$ 0,90/l, recuo de 2,17% ante dezembro de 2017. Essa pressão tem desestimulado a produção no campo e, mesmo com bons volumes de chuvas ocorridos no Estado, o nível de captação recuou 2,91% em janeiro de 2018 ante ao mês anterior.

 

Reprodução

leite

 

Na indústria, o desequilíbrio entre a oferta e a demanda continuou pautando o mercado, pois a produção atual de derivados não tem sido absorvida, principalmente devido às férias escolares. Assim, para não gerarem volumes altos de estoque, as indústrias optaram pela redução de preços, e alguns agentes preferiram não produzir alguns produtos de menor liquidez. Apesar deste cenário baixista, nota-se uma reação na demanda no varejo, com alguns produtos registrando aumento de preço, o que pode ser um sinal da recuperação econômica, visto que o PIB brasileiro cresceu 1% em 2017 ante 2016.

 

Quem tem sentido muito esses impactos é a agricultura familiar. A cadeia do leite é a principal atividade dos pequenos produtores de Mato Grosso, que reúne perto de 140 mil famílias. Cerca de 70% das atividades produtivas das pequenas propriedades é o leite.

 

“O que acontece nessa cadeia assim como qualquer outra cadeia você tem que melhorar sempre a performance e aumentar a qualidade da produção, aumentar em volume e em escala e melhorar em qualidade. Essa é a sina do leite. Quando é época de muito leite, o preço cai porque tem o aumento da oferta no mercado. Já na época da seca, o preço sobe porque tem pouco capim, o bicho tem pouco que comer, o leite fica escasso e o preço sobe. É preciso investir em pastagem para que ele possa organizar a produtividade dele e na época da seca ter pasto disponível para não cair a média de produção do leite. É esse o desafio de melhoramento de tecnologia do leite”, avaliou o secretário de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Suelme Fernandes.

 

Rebanho leiteiro

 

Com base nos dados do IBGE (1974-2016), o Imea estimou o rebanho leiteiro para 2017 e 2018 em Mato Grosso. Diante disso, as previsões indicam que o Estado encerrará 2018 com um rebanho de 598,8 mil cabeças, número 5,51% menor do que foi em 2011, quando atingiu o pico de 633,8 mil cabeças. Desta forma, a dificuldade na recuperação total do rebanho em MT é reflexo de alguns entraves ocorridos na cadeia, como o encarecimento do farelo de soja em 2012, e do milho em 2016, e as margens apertadas em alguns períodos, levando os pecuaristas a descartar matrizes para gerar receitas.

 

Por outro lado, como a bovinocultura de leite em MT apresenta semelhanças com a pecuária de corte, os produtores de leite são incentivados a expandir o plantel para produzir bezerros, e aproveitar os bons preços. Assim, em certos momentos os produtores acabam buscando outros meios de gerar receita, haja vista as margens estreitas na atividade.

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