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AgroHiper Segunda-feira, 16 de Julho de 2018, 17:25 - A | A

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Segunda-feira, 16 de Julho de 2018, 17h:25 - A | A

CALCÁRIO AGRÍCOLA

Mato Grosso pode colher 20% a mais nas atuais áreas plantadas

Com bom manejo do solo, a produtividade média de sacas de soja em Mato Grosso pode subir de 54 para 60 sacas por hectare

REDAÇÃO

 

 

Divulgação

Colheita soja

 

O manejo correto da fertilidade dos solos mato-grossenses, com suas características peculiares, pode e deve resultar num incremento de 10% a 20% na produtividade dos talhões de soja. Dados oficiais apontam que Mato Grosso produziu 31,8 milhões de toneladas do grão na safra 2017/2018. Com um manejo tecnicamente mais adequado e assertivo, essa produção, que já projeta o Estado como o número 1 do Brasil, pode se elevar para o patamar de 35 milhões de sacas nas atuais áreas plantadas.

 

Isso porque análises empreendidas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apontam que a produtividade média de soja registrada nos últimos anos, de 54 sacas por hectare, tem campo para subir para 60 sacas/ha. Um dos fatores decisivos para que esse ganho potencial se efetive em superávit no bolso dos sojicultores passa pelo incremento na utilização do calcário nas lavouras mato-grossenses.

 

A aplicação de calcário, a chamada calagem, é usada para corrigir solos naturalmente ácidos, como é o caso de Mato Grosso, onde o cerrado impera nos principais polos produtores. O baixo custo desse insumo agrícola gera boa resposta para a agricultura, tornando o insumo fundamental ao agregar uma série de benefícios ao empresário rural, incluindo a melhora no aumento do pH do solo, neutralização do alumínio toxico e fonte de cálcio e magnésio.

 

A acidez do solo mitiga a absorção do fósforo pelas plantas - principal nutriente para o processo vital das culturas. Um solo considerado com pH equilibrado apresenta um índice na faixa de 6,5. A calagem em doses adequadas, quando corrige o solo ácido, possibilita condições favoráveis para o desenvolvimento das plantas, proporcionando melhor aproveitamento dos nutrientes disponíveis. Com a calagem, o fósforo (que tem um alto custo na planilha de produção), torna-se 90% disponível, contra apenas 50% disponível nas aferições feitas em solos de pH 5,5, índice considerado baixo.

 

Hoje, alguns produtores rurais com atividades em Mato Grosso já conseguem obter uma média de produtividade de 60 a 65 sacas/há, utilizando boas práticas de manejo de solo, enquanto uma grande parte dos agricultores alcança resultados abaixo de 50 sacas/ha.

 

Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Sinop, reforça que a aplicação de calcário nas lavouras aumenta a produtividade e a renda dos sojicultores. O estudo é liderado pelo professor doutor e pesquisador Anderson Lange. “Não adianta ter uma variedade de soja de ótima qualidade se o alimento para ela for deficitário”, destaca o pesquisador, engenheiro agrônomo por formação.

 

“Raio-x” comprova déficit nas aplicações e perda de produtividade

 

Levantamento liderado pelo professor doutor da UFMT de Sinop Anderson Lange e dois laboratórios de análises químicas, com a coleta de mais de 70 mil amostras de solo das mais diversas regiões do Estado, constata que, em média, os solos apresentam uma carência muito grande por calcário – veja gráfico:

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Prova de um verdadeiro déficit nas doses tradicionalmente aplicadas por sojicultores mato-grossenses, que costumam seguir receituários técnicos aplicados ao Sul e Sudeste do país (regiões com características de solo totalmente diferentes dos encontrados em Mato Grosso). O estudo científico reforça que, caso essas terras sejam corretamente corrigidas em sua acidez, elas podem proporcionar, ao final do ciclo produtivo da safra, ganhos de produtividade que vão de 10% a 20%.

 

O estudo, que começou em 2014, é realizado numa propriedade rural localizada em Sinop e também em vasos numa estufa no campus da UFMT. Com base na pesquisa, aumentando as doses de calcário para até cinco toneladas por hectare, constatam-se resultados melhores de produção com o chamado V% (saturação por base) entre 60 e 65. A saturação de bases na solução do solo reflete na maior disponibilidade de nutrientes para a nutrição da planta, como cálcio e magnésio.

 

As recomendações usuais de calcário não atingem o V% calculado, sendo necessário dobrar a dosagem recomendada para conseguir atingir o V% ideal para o solo ácido do cerrado mato-grossense.

 

No experimento, verificou-se, ainda, que altas dosagens de calcário em superfície não oferecem risco às plantas. Algo que contrapõe, com a segurança da ciência, o temor de muitos agricultores. “Chegamos até a doses de 5 toneladas por hectare em uma única aplicação superficial, obtendo ganhos significativos de produtividade. Isso é fato, comprovado cientificamente”, pontua Anderson Lange. Está na previsão de experimentos do professor o teste com doses ainda maiores de calcário em superfície, chegando até a 9 toneladas por hectare, conforme o planejamento das próximas etapas da pesquisa científica, agora na safra 2018/2019.

 

Mais aplicação, mais produtividade

 

Para uma lavoura bem corrigida, estima-se que a taxa de reposição de calcário seja entre 1 a 1,2 toneladas do insumo por hectare ao ano. Assim, o agricultor que costuma aplicar calcário a cada 2 ou 3 anos, teria que aplicar o necessário para corrigir a terra e mais o que será consumido nos próximos dois anos, pois, apenas para repor o calcário que a planta irá consumir, já seriam necessários 2 a 3 ton/ha de calcário.

 

Para se fazer a reposição da calagem, cogita-se um investimento médio de 2 sacas/ha de soja ao ano. Conforme o estudo científico, mantendo a aplicação constante, chega-se a um ganho de 7 sacas/ha ao ano-safra da soja. Na safrinha de milho, o ganho na escala de produtividade chega a 20 sacas/ha.

 

Na contramão do manejo de solo mais assertivo para impulsionar a produtividade nas lavouras, há propriedades em que não há uma nova correção do solo por três anos a fio. Com isso, a produtividade começa a cair em decorrência do “esgotamento” do solo. “Por isso, é importante manter o V% estável entre 60 e 65. Dessa forma, a correção do solo deve ser anual ou bianual”, recomenda o professor doutor.

 

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