As lavouras de soja, milho e algodão do médio norte de Mato Grosso e ao longo da BR 163 podem se tornar produtivas o ano inteiro utilizando o gado para engorda. Em algumas fazendas essa realidade começa a mudar os números da pecuária do estado. O tema foi debatido no painel sobre bovinocultura, no Show Safra BR 163, em Lucas do Rio Verde.
O produtor rural Egídio Vuadem defende esse caminho. "O setor da pecuária precisa se modernizar. Aqui [Show Safra] é um centro de difusão de tecnologia. Entendo que a lavoura facilita a vida do boi, o lavoureiro produz comida de alta qualidade e isso motiva a pecuária de ciclo curto e a produção de carne de alta qualidade", observa Vuadem.
O diretor executivo da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, lembra que esse processo exige investimentos e vale a pena. "É algo extremamente exigente, requer animais e qualidade superior para que respondam bem ao ganho nutricional, gerando assim um custo benefício interessante. O maior desafio é verticalizar, usar a boa genética que tem na região, utilizar bem a soja, o milho, transformar isso em carne, abater e exportar a partir daqui", explica.
Para o leiloeiro Ricardo Nicolau, que opera em todo Mato Grosso, o gado de engorda de qualidade está no norte e extremo norte do estado e pode facilmente ser trazido à região médio norte. "Quando se fala só de Juara e Alta Floresta, por exemplo, estamos falando de dois milhões de cabeças que podem perfeitamente render bons animais a serem engordados em Lucas do Rio Verde, Sorriso, Mutum e outros municípios onde há disponibilidade de caroço de algodão, DDG e outros produtos da agricultura”. (Da assessoria)
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